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O Programa de Aprendizagem Cooperativa em Células Estudantis é um programa de bolsas de monitoria da Pró-Reitoria de Graduação da UFC que tem como principal objetivo colaborar para o aumento da taxa de conclusão nos cursos de graduação da UFC.
A principal estratégia utilizada é a difusão de Células Estudantis - grupos de estudo que utilizam a metodologia de Aprendizagem Cooperativa.
A principal estratégia utilizada é a difusão de Células Estudantis - grupos de estudo que utilizam a metodologia de Aprendizagem Cooperativa.
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- “Os estudantes devem ser parceiros dos professores para resolver os problemas da universidade”
Postado por : Unknown
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
Durante os Encontros Universitários 2012, Manoel Andrade avaliou os quatro anos de
Aprendizagem Cooperativa na Universidade Federal do Ceará (UFC)
O professor Manoel Andrade, ex-coordenador e atual colaborador do Programa de Aprendizagem Cooperativa da UFC, avaliou as atividades do Programa destacando o potencial que o mesmo gerou durante os quatro anos de sua existência. O professor disse ainda que não está saindo do Programa, na verdade, ele assume outra função que o permite firmar novas parcerias para difusão da metodologia na educação básica do estado do Ceará.
Manoel Andrade falou da angustia que sentiu quando foi convidado para coordenar o Programa em 2009. “Quando o programa surgiu a ideia era fazer algo com o mesmo DNA do PRECE na UFC”, lembrou o professor. A experiência que viveu no PRECE contribuiu para dar os primeiros passos da estruturação do Programa de Aprendizagem Cooperativa na UFC.
O ex-coordenador destacou a importância e a qualificação da professora Tereza Lima, atual coordenadora. Manoel Andrade acredita que a competência da mesma será de grande valia para os novos rumos e proporções que o Programa vem assumindo dentro da UFC. “O programa está revolucionando a universidade e está afetando outras universidades” ressaltou. Em 2012, a Aprendizagem Cooperativa saiu do Ceará, passou a ser difundida em outros estados como Maranhão e Mato Grosso.
Em sua avaliação, o professor destacou que a Aprendizagem Cooperativa que vivenciamos hoje é o resultado do trabalho de todos os que já passaram pelo Programa desde 2009 (primeiro ano do projeto). Destacou como característica desse trabalho a interação entre os bolsistas, pois é esta interação que os ajuda a fazer as atividades que realizam ter sentido, segundo Manoel Andrade. “Não há Aprendizagem Cooperativa se não houver interação”, enfatiza o professor.
O Programa surgiu com a missão de combater a evasão, e para realizar tal atividade foi pensada uma estratégia que não é nova, mas que é pouco praticada na sociedade atual. “O estudo em grupo é uma coisa muito antiga para o homem”, afirmou o professor ao se referir as células estudantis/grupos de estudo que os bolsistas articulam.
A formação, que os bolsistas participaram durante o ano, ganhou destaque na fala do atual colaborador. Segundo ele, “a formação da Aprendizagem Cooperativa é a mais intensa em relação às outras bolsas”. O professor lembra que no início para pensar as formações houve um grande questionamento sobre o que era necessário ter de conteúdo nelas. Vale ressaltar que as formações a cada ano são aprimoradas de acordo com as realidades que vão sendo percebidas pelos que delas participam (facilitadores e articuladores).
Para Manoel Andrade, as formações são um curso de liderança diferente. “Vocês estão sendo formados para serem líderes” ressaltou. O tipo de líder que o professor enfatizou não é o tipo “chefe mandão”, mas o tipo que saiba trabalhar em equipe. Manoel Andrade acredita que é necessário desenvolver lideranças diferentes não para mandar, mas para ajudar os membros da equipe a serem proativos e a exercerem a responsabilidade individual. O colaborador do Programa ainda destacou que “o pessoal que desenvolve a capacidade de liderança precisa ter visão de mundo”.
“Os estudantes devem ser parceiros dos professores para resolver os problemas da universidade”
Essa atitude de estudantes e de professores busca quebrar paradigmas, pois em vez do professor ver o estudante como um problema passa a vê-lo como um parceiro que poderá ajudá-lo a fazer uma universidade melhor e o mesmo se aplica ao estudante que poderá ver na figura do professor um parceiro para resolver os problemas acadêmicos. Manoel Andrade acredita que é unindo forças que se pode resolver grandes problemas.
O professor falou dos elementos da Aprendizagem Cooperativa – Interdependência Positiva, Responsabilidade Individual, Interação Promotora, Habilidades Sociais, Processamento de Grupo. Ele ressaltou a importância de cada um dos elementos para o trabalho em equipe. Manoel ainda afirmou que “aprendemos com conflitos de opinião”, ele defende a ideia de grupos compostos por pessoas que pensam de formas diferentes.
O professor destacou, como algo marcante, a experiência que os bolsistas tiveram através do Projeto Colônia de Férias e do Projeto Eu Curto a Universidade. A troca de experiência entre universitários e estudantes do ensino médio é algo que, com certeza, contribuiu para a formação de ambos. O colaborador falou das ideias e das metas para os Projetos de 2013 em que o Programa de Aprendizagem Cooperativa estará envolvido.
O ex-coordenador concluiu sua fala dizendo que “está faltando eficiência na Aprendizagem Cooperativa”. No entanto, em seu discurso não citou essa falta como algo que fosse para desanimar os bolsistas, mas para motivá-los a buscar uma eficiência que seja satisfatória para a realidade que o Programa vivência atualmente. “Esse Programa é para quem tem o desejo de ajudar a universidade a resolver seus problemas”, enfatizou Manoel Andrade.
O professor terminou sua fala “cheio de esperança” e contente pela recepção dos bolsistas. Manuel Andrade não saiu do Programa de Aprendizagem Cooperativa, na verdade, passou a assumir outra função em que ele irá colaborar com ideias e “consultorias” para os direcionamentos do Programa, além de articular junto com a Secretaria de Educação do Estado do Ceará (SEDUC-CE) projetos envolvendo a utilização da metodologia na educação básica.
Texto: Jonas Viana