sexta-feira, 5 de abril de 2013
Trabalhar em grupo não
é uma tarefa fácil. Deparamos-nos diariamente com situações pouco corriqueiras
em nossos cursos e vida. A iniciativa de incentivar os colegas em momentos
difíceis, de planejar e executar tarefas na busca de um objetivo em comum, de
gerenciar os conflitos que permeiam o contato com seres humanos, que nos obrigam
a ações rápidas e eficazes e, além disso, a compreensão de que críticas e
sugestões dadas no decorrer dos estudos é o “termômetro” de seu trabalho. Essas
são algumas das atividades para o sucesso e avanço de um grupo de estudo. Então,
como aprender a utilizar todas essas práticas em um ambiente acadêmico, mas que
não tem o jeito de aula? Através de um
dos melhores momentos –experiência própria- para se viver e experimentar
durante a bolsa: as Formações.
O
que é a formação?
Basicamente, um curso
em 16 encontros- acredite, o clima de aula passa longe-, aonde o articulador
será instruído e preparado para saber lidar com diversas situações corriqueiras
em grupo de estudo que se propõe a ser cooperativo. Cada formação tem duração
de 3 horas e apresenta um tema diferente: histórias de vida, feedback,
interdependência positiva, etc. São horas de compartilhamento de aprendizados,
dos momentos engraçados e os sustos das aulas e do andamento de sua célula.
Enfim, da vida. E esse é o grande diferencial dos encontros. Facilitador e
articulador não ficam presos nas amarras acadêmicas de estudo. Estudam, porém,
permeados de uma interação e sinergia que, com o passar do tempo, se farão mais
e mais presente. A formação torna-se o ponto de encontro semanal, que mesmo
sendo obrigatório, não será encarado como tal.
Grande parte das
atividades é realizada em grupos. E claro que isso aumenta não só a sinergia entre
os articuladores, como também o comprometimento no desenvolvimento das
atividades da célula de cada um e em suas vidas. Um braço amigo para amparo nos
momentos de alegria e tristeza de cada um.
O
que esperar?
Para 2013, temos
algumas novidades. Em destaque, formação dos grupos bases: pequenos grupos mesclados com articuladores veteranos
e novatos. O principal intuito é passar a experiência de quem já vem
trabalhando com sua célula e, dessa maneira, auxiliar nas dúvidas que os
novatos venham a ter durante as atividades.
Essa experiência
contribuirá, sem dúvida, para o aumento de relatos como esses que seguem:
“Para mim, as formações
foram muito importantes por três motivos: tirava meu estresse da rotina que eu
vivia ali no Pici, me fez conhecer pessoas maravilhosas com as quais eu me
relaciono até hoje e me fez aprender muitos aspectos da aprendizagem
cooperativa que me serviram no momento de aplicar oficinas para os meninos do
interior.” Talyta
Garcêz , Engenharia de Alimentos
“Se a Célula Estudantil é o coração
da Aprendizagem Cooperativa na UFC, pode-se dizer que a formação é o cérebro,
afinal, é nela, ou nelas, em meu caso, que nos tornamos ainda mais apaixonados
e conhecedores dessa metodologia tão especial. As Formações das quais
participei, como articulador, facilitador ou ouvinte, me ajudaram a compreender
que o futuro da educação é estudar em grupo [...] As formações também me
trouxeram fortes amizades, que mantenho até hoje, pois são nestes momentos que
podemos conviver constantemente com algumas pessoas de cursos com os quais você
jamais teria chance de se relacionar restrito ao seu campus/centro.” Adauto
Santiago, História.
Em 2012.1 posso dizer que
tive das melhores terças feiras desde que entrei na universidade. De início
houve uma pequena resistência, e toda aquela coisa de ter que me deslocar para
o campus do Benfica no período da tarde... Mas, pra minha surpresa, foi a melhor
coisa que poderia ter acontecido. Pode parecer exagero, mas, a quantidade de
coisas que aprendi nessas reuniões e os laços que construí, vão ficar para toda
a vida. Se tratando de amizades, posso dizer que aprendi muito, aprendi que ela
pode vir dos lugares óbvios e também de onde você menos espera. E mesmo estando
fora da bolsa, sei que elas me acompanharão pelo resto da vida. [...] Sempre
repito, pois é uma verdade e posso afirmar, pois, já pertenci a várias bolsas
diferentes: O que eu aprendi nas formações, eu não aprendi em nenhum outro
lugar. Não que o aprendizado técnico não seja importante, mas a evolução
pessoal e a evolução na forma de interagir com um grupo é determinante. Hoje
sou estagiário e trabalho em equipe. No mundo real, o trabalho em equipe e o
relacionamento com as pessoas é a chave, e por mais que você seja uma pessoa
com vasto conhecimento técnico, sem isso, falhará. Com certeza aprendi tudo
isso na formação, e o melhor, com prazer e ao lado de pessoas legais. Arthur Alex, Engenharia Metalúrgica.
