terça-feira, 20 de agosto de 2013
Segunda, 19, oito da manhã. Os raios amarelados do
sol saúdam os primeiros a chegarem ao auditório do departamento de zootecnia da
UFC para o início da Semana de Agosto do Programa de Aprendizagem em Células
Estudantis, PACCE. As cadeiras, antes vaziam, eram aos poucos ocupadas e
marcadas com bolsas na medida em que os principais responsáveis pelo andamento
das atividades do dia chegavam: os bolsistas.
Os bips do
leitor óptico progrediam assim como as falas compiladas em uma voz inaudível no
auditório. O público estava aumentando. Então, era hora de começar.
Primeiramente, as atividades do turno da manhã foram apresentadas, tendo como
principal objetivo uma reelaboração do projeto, tanto para comissões quanto
para os articuladores novatos e veteranos. Direcionados para as salas, as vozes
dos integrantes das comissões podiam ser ouvidas de longe, os dias de férias
que se seguiram, seguramente, guardaram assuntos enclausurados prontos para uma
boa discussão. Porém, o momento cobrava mais que uma simples conversa, requeria
de todos uma visão mais apurada dos problemas e soluções visualizados nos seis
meses anteriores e a aplicação da metodologia da aprendizagem cooperativa nos
parâmetros do projeto.
A manhã passava. Era chegada o horário do intervalo
e, por conseguinte, da apresentação das altas aventuras que ocorreriam pela
tarde. A comissão organizadora das atividades já se encontrava a frente do
auditório com as lâminas de um slide azul-laranja que mal se podiam entender as
letras. Então, a gincana foi apresentada. Se a intenção era ocasionar risos,
bem, digamos que em alguns momentos atingiram o objetivo. Ademais, o que os
esperavam no contra turno seriam momentos de muita diversão.
Após o reencontro com as filas, um novo sistema de
anti-furo das mesmas e as conversas no restaurante universitário, todos retornaram.
A hora da gincana tinha chegado. Pacce ou Repasse, um título que por si só já
valeriam as horas que seriam gastas para responder as perguntas aleatórias do
jogo. Como discípulos de Silvio Santos e dos grandes programas de auditório, o
jogo seguia com muita animação, os bolsistas sentados eram o termômetro das
perguntas e os veleiros que sopravam as respostas certas para suas equipes e
erradas para as outras, criando uma atmosfera de descontração e brincadeira. O
que ficou claro depois das sessenta perguntas realizadas era que não haveria um
vencedor, aquele que se sobressai diante de outras equipes, porém, um grande
grupo em busca de uma meta coletiva de o menor número de erros possíveis.
E então fomos para o circuito. Engenhosamente
arquitetado pelas mentes dos integrantes da Comissão de Interação, as provas
eram dignas das gloriosas gincanas do SBT e seus programas dominicais com
essência de infância e achocolatado. As equipes iam completando o circuito, as
gotas de suor escorregam do rosto velozmente e os suspiros a cada prova
completada e até a finalização de todas trazia a grande sensação do sucesso da
organização das mesmas por todos que se engajaram nessa ideia.
