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O Programa de Aprendizagem Cooperativa em Células Estudantis é um programa de bolsas de monitoria da Pró-Reitoria de Graduação da UFC que tem como principal objetivo colaborar para o aumento da taxa de conclusão nos cursos de graduação da UFC.
A principal estratégia utilizada é a difusão de Células Estudantis - grupos de estudo que utilizam a metodologia de Aprendizagem Cooperativa.
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- Um reunião de sentimentos
Postado por : Unknown
quinta-feira, 12 de dezembro de 2013
Sábado poderia ter sido mais um dia de reunião. Mais
um dia de reencontrar os amigos, de acordar cedo no final de semana, de ouvir
os avisos da coordenação e toda uma burocracia necessária. É, poderia... Até
que então, tudo foi diferente. As horas foram diferentes, as reações foram
diferentes, os momentos foram diferentes e únicos. Sem dúvida, a melhor reunião
geral na qual eu participei nesses dois anos de programa e, com certeza, a
melhor para muitos dos novatos.
Já não é novidade que acordar cedo não é um traço
compartilhado por mim. Aulas pela tarde nos acostumam mal. Eis então que a
última reunião geral estava chegando. No, já familiar, auditório do Centro de
Ciências, voltei a origem de minha seleção e renovação, sentando naquelas
cadeiras e sentindo o cheiro peculiar daquele ambiente. Tudo se encaminhava
para mais uma reunião. Porém, algo estava diferente. Em passos enérgicos, um
personagem novo estava entre nós. Com uma barba de chamar atenção, agrisalhada
pelo tempo e uma boina azul clara, o novo personagem de nossa história, mal
sabíamos, mudaria e transformaria aquele sábado.
Airton Barreto é advogado... (Opa. Fui muito rápido.
Sim, o personagem é Airton Barreto). Não podia deixar de prestar atenção em sua
chegada, seja pelas características físicas que apresentei, seja pela
facilidade em falar com alguns presentes no auditório, mesmo, me acredito, sem
conhecê-los. A introdução da reunião foi trivial, tradicional. Sua continuação,
não. Como velhos amigos em uma mesa de buteco, o microfone e Airton se
entenderam perfeitamente, tornaram-se um só, em uma das narrativas mais
emocionantes, entusiasmantes, engraçadas e engrandecedoras que já foram ouvidas
pelos bolsistas do PACCE.
Sem puxar a sardinha para minha brasa – mas já a
assando- escrever sobre um morador do mesmo bairro não é uma dificuldade. É um
privilégio. Ainda mais esse bairro sendo o Pirambú, ou o vish, como o próprio Airton relata. Sua história era cheia de
nuances. Construída a partir do nascimento do bairro, das marchas que
efervesceram os moradores da localidade, a sua vida acadêmica, o porquê de sua
ida ao bairro e sua continuidade com os moradores. Dentre tudo isso, não havia
como não se emocionar, torcer, acreditar que Sim! É possível mudar alguma coisa nesse mundo. Mesmo com todos nossas
limitações e preconceitos.
Acredito que todas as
linhas que possa escrever daqui para frente, não serão capazes de descrever o
sentimento em que estavam imersos todos. Os olhos ficavam vidrados, aguardando
o próximo passo, a próxima descrição de algum morador, alguma situação que
ocorrera nos anos, facilmente descobertos pelas expressões marcadas em seu
rosto. Foram 40 minutos, que poderiam ser mais, bem mais, e nenhum de nós
reclamaria. É então que o final se aproximava. Após a breve história do EMAÚS-
outro fator para você que não foi no sábado, estar, no mínimo, triste de não
ter ido- os movimentos involuntários das honras dos aplausos foram
vislumbrados. Após a última sílaba, foi então que o primeiro clap surgiu e, após, o primeiro arquear
de corpo. Após, a reação em cadeia fez todos se levantarem, e entre palmas para
si e a Nelson Mandela, a reunião já tinha sua validade, o que viria depois dali
era o lucro de uma manhã perfeita