Bem - Vindos

O Programa de Aprendizagem Cooperativa em Células Estudantis é um programa de bolsas de monitoria da Pró-Reitoria de Graduação da UFC que tem como principal objetivo colaborar para o aumento da taxa de conclusão nos cursos de graduação da UFC.

A principal estratégia utilizada é a difusão de Células Estudantis - grupos de estudo que utilizam a metodologia de Aprendizagem Cooperativa.
Postado por : Unknown domingo, 12 de maio de 2013


E cá estamos novamente, lá e de volta outra vez, nas Formações de 2013. Quase aportando em nossa última estação, a saudade já vem batendo à janela com os presságios de um bom trabalho realizado. Passamos agora nas atividades de terça à noite com a facilitadora Amanda Lima, aluna de Letras. Esse foi um dos momentos aonde a superação e o poder do feedback fez-se presente e, ainda bem, com minha presença em sala.

A formação
Já estava anoitecendo quando cheguei para começar minha passagem na formação de Amanda. Os integrantes não haviam chegado ainda, o contraste dos poucos presentes e da animação da facilitadora era notória. O relógio já rumava para seis horas e os bolsistas foram chegando, sentando, conversando e esperando o início das atividades. Na medida em que cada um chegava, a cor da sala de branca do vazio, tornava-se colorida da presença dos presentes.

O lanche tem um pequeno atraso- fator que não influenciou no andamento da noite- e assim, uma dinâmica entra em ação: Por que já não inserir todos na oficina perguntando uma habilidade social que destacaríamos –dei minha contribuição- para compartilhar. A participação foi maciça. Risadas começavam a serem ouvidas, os buxixos característicos de assunto novo circulando na sala, também.


E assim, após o lanche- do qual também participei [risos]- a formação deu o start. Em grupos, todos puderam participar da oficina de Habilidade Sociais, assim como na formação de segunda, já relatada. Após o momento em conjunto, partiram para as apresentações de esquetes-aquele momento da vergonha e, ao mesmo tempo, da atitude- sobre o estudado. E deu-se uma festa. Cada equipe melhor que a outra, uma ambientada em uma balada, outra no próprio campus e até a reunião sagrada dos alcoólicos anônimos teve seu momento de fama por pelo menos cinco minutos. Mais 24 para todos. 

Estava lá, anotando algo, pensando em mais um tanto, pois a semana era longa. Começo a conversar com Amanda, pergunto-lhe se a formação está indo bem e se essa tranquilidade no decorrer da oficina a deixava gostando de desempenhar a função de facilitadora. Tom sobre tom, do pequeno para o eufórico, começou a responder e falar sobre as formações passadas, da mudança que estava ocorrendo e que, nem sempre tudo foi tranquilo. Aguçado pela curiosidade, o famoso por que infantil vêm a minha boca e, após sua saída ríspida, os momentos que se seguiram mostraram o quanto um simples retorno de opinião pode solucionar problemas que poderiam se tornar grandes tristezas à frente.


Esse grupo está em franca evolução. Problemas advindos da nova função, da responsabilidade e de, digamos, uma energia desproporcional dos presentes para apenas uma formadora, trouxeram pensamentos nada agradáveis e a vontade de desistir desse desafio tão importante. A emoção já batia à porta. Continuar a falar significava o marejar dos olhos e a sinceridade das palavras proferidas. Amanda ressalta que o simples retorno dos bolsistas para com ela, começou a abrir seus olhos para a necessidade de alguma mudança, da busca de solução para esse problema. Sem dúvida, o apoio da Comissão de Facilitadores e dos amigos mais próximos, como nosso querido Gustavo Ewerson, trouxeram para Amanda um alívio e a certeza de que tudo daria certo.


Resultado
E desse pequeno percalço, que está ai para nos fazer crescer, tudo começou a mudar. De duas semanas para cá, o sentimento de pertença, a interação e participação-fator destacado diante de minha presença- são constantes. Ativos, até a página dois, tranquilos e focados durante o livro todo. O que deixaríamos de histórias para o futuro caso não enfrentássemos nossas dificuldades? Vivendo nessa noite a formação e escutando um relato contornado por emoção, pautado pela amizade e da colaboração, é simples perceber o quanto crescemos diante dessas situações, que nem sempre uma pedra no caminho está ali para nós fazer parar, mas sim, para aprendermos um chute mais forte.
Não tenho dúvidas que essa formação caminha nos passos certos. Problemas poderão ocorrer, afinal, lidamos com pessoas, porém, a certeza de sua resolução e avanço para um novo estágio de trabalho ficou claro em apenas uma noite.

A formadora
Amanda – 21 anos – Letras/Português
 Qual seu sentimento aplicando as oficinas?
“De muita responsabilidade. Nas primeiras oficinas eu ficava muito nervosa mas agora está saindo mais tranquilo.”

Qual a contribuição das formações para sua carreira acadêmica?
“A melhor possível. Porque, apesar de não ser hierarquia, eu estou a frente da formação e para licenciatura vai preparando bastante a gente para o mercado de trabalho e na forma de lidar com as pessoas.”

Você acredita estar alterando a realidade dos novos bolsistas?

“Sim. Com meu jeito meio insistente para eles se soltarem mais. Eu acredito que realmente esteja dando certo.”

De onde veio o desejo de ser facilitador?

“Na verdade não foi uma vontade, foi influência do Gustavo: ---- vai,vai,vai! Rapaz, eu vou [risos], vai que dá certo...”

Defina seu trabalho em uma palavra.

“Esforço.”

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