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O Programa de Aprendizagem Cooperativa em Células Estudantis é um programa de bolsas de monitoria da Pró-Reitoria de Graduação da UFC que tem como principal objetivo colaborar para o aumento da taxa de conclusão nos cursos de graduação da UFC.
A principal estratégia utilizada é a difusão de Células Estudantis - grupos de estudo que utilizam a metodologia de Aprendizagem Cooperativa.
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- Nos caminhos da docência - Um dia na Escola Profissional de Pentecoste
Postado por : Unknown
sexta-feira, 3 de maio de 2013
Por Lucas Bernardo
A equipe. Foto: Lucas Bernardo |
E já no caminho percebia-se que o dia seria interessante. Conversa vai, conversa vem, os assuntos mais corriqueiros, banais e interessantes, ao mesmo tempo, vieram à tona. Embalados pela brisa forte da estrada rumo a Pentecoste e um cd de sucessos de sertanejo, os bolsistas-professores – Jocélio, professor da disciplina de História e os bolsistas Adauto, Felipe e Almir. Este, convidado da trupe que, mais a frente, se mostrará o mais entusiasmado com tudo- pensavam, viam as possibilidades de ações com mais de 160 alunos que enfrentariam-ou facilitariam- seu trabalho.
Chegamos. Após um ano
vendo a escola por fotos e relatos daqueles que já a tinham visitado, me impressiono.
Com a estrutura, com o ambiente, com o tratamento com aqueles caminhos. Os
alunos, ah, os alunos. Com sua farda branca de golas verdes, caminhando de um
lado para o outro, amigas coladas e seus fones de ouvido cochichando músicas ao
longe, amigos e seus clubes do bolinha,
momento clássico e essencial no desenvolvimento social desses garotos. E bateu
a nostalgia. A saudade da escola, saudade desses momentos, aonde ínfimas
dificuldades eram tratadas como a queda de uma ponte ou o velejo por águas estranhas.
As experiências que todos esses estudantes estão vivendo e ainda viverão, sem
dúvida, ficarão na memória.
Os acontecimentos
anteriores a aula foram marcantes, mas, vamos aos fatos da aula, além de
experiências.
Conquistar um auditório
nunca é fácil. Sobrepor a voz, atrair atenção, mostrar domínio de conteúdo e,
além disso, não enfadar são os tópicos de uma tarefa hercúlea e cheia de
traquejos. Em relação a isso, nada a reclamar do Felipe, que, assumindo o
comando do timão, após uma rápida
revisão do professor Jocélio, explanou, brincou e desenvolveu assuntos de nossa
época colonial como se nela vivesse, tamanho era o discorrer fluido e límpido
dos assuntos. Mesmo com pequenas distrações – normais, quando tratamos com
adolescentes sempre atentos ao seu redor e ao do colega-, eu, mesmo depois de
três anos longe de tais assuntos, conseguia compreender e, por quê não,
explanar na forma desse texto o assunto... Bem, melhor deixar para uma outra
oportunidade. Não fujamos de nosso foco.
E o abaixar de assentos
no auditório era contínuo, marcando a ida dos alunos até suas salas, para a
segunda etapa da atividade: discussão em grupo do assunto explanado. E aqui,
marca o interessante e inovador da aprendizagem cooperativa que lhes falei no
começo. Alunos todos em grupos, de três, quatro ou em duplas- pela falta de
alguns-, discutindo, apontando caminhos para a resolução da dúvida, entre sim,
com os professores-bolsistas longe de interferir. Sem exposição em lousa, sem
esquemas engessados. Nada disso é necessário quando os alunos apresentam um
protagonismo e pro atividade que salta aos olhos daqueles que os vê. E Almir, entusiasmou-se.
Levado por todo aquele ensino inovador, uma fuga da centralização no professor,
perambulou pela sala, olhou os grupos, ajudou naqueles que tinham dúvidas e, ao
fim, a vontade de continuar era tamanha que, disponibilidade de ajudar mais um
pouco não faltavam. Finaliza-se a atividade. Mais um momento de auditório. Uma
pequena avaliação dos conhecimentos adquiridos naquela manhã, que, como pude
constatar durante a correção das mesmas, foi absorvido tão rapidamente e, sem
um auxílio ferrenho do professor que, é realmente interessante ressaltar mais
uma vez essa metodologia.
Almoço. Lanche da
tarde. Sala dos professores. Correções. Uma tarde visualizando os caminhos da
docência. Melhor. Um dia visualizando os caminhos da docência. Os caminhos
tortuosos e prazerosos dessa profissão, que exigem, além de uma dedicação, a mais afável das
sensibilidades para, ver no outro, um potencial e fazê-lo crescer, arribar voos
longínquos como aves em busca de um lar seguro em um futuro próximo.
Acompanhando esse dia, reflexões que não cabem nesse documento vêm a mente,
porquês muitas vezes simples de se responder que, fugazmente, são esquecidos e
tratados como respostas simples. O caminho está ai, a semente está plantada. Ela, a cada dia, estende, ou busca estender, suas raízes pelo nosso estado e país afora. A nós, cabe o regadio e
tratamento para que alimentação nunca a falte.